O telefone tocou. Nem me dei ao trabalho de me mexer, qualquer pessoa com quem eu ia gostar de falar deveria estar dormindo às 10:00 da manhã do mês de
férias. Férias? É, eu percebi que estava ficando velha e responsável quando vi que ia ter praticamente só
uma semana de férias indo contra a
doce lembrança de que constumavam ser quatro.
O telefone insistiu. 'Caramba, por que minha mãe não atende?' Não estava com a menor vontade, mas atendi... Uma voz
conhecida encheu meus ouvidos com um tom de
ansiedade novidade saudade. 'Por que ela está me ligando?'
Demorei cinco
segundos minutos para engrenar a conversa; mesmo fazendo tanto tempo parecia tão
natural. Eu costumava passar
horas seguidas no telefone com ela, os assuntos iam fluindo como se ainda estivéssemos no colégio mas com aquele ar de
"Eu queria saber tudo o que sei agora, agir como ajo agora."Percebi que nada era como no colégio. Tudo tinha mudado, mas meu
apreço por ela de alguma forma tinha se mantido
intacto, até
renovado depois de entender que brigas de criança não eram necessárias. Mas entendi que nada
precisava ser como antes, nós podíamos retomar dali.
Passei a atender ligações
matutinas a partir de então.
Um comentário:
simplesmente lindo :)
um dia escreverei igual a você
:)
beeijos
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